A agricultura de precisão tem avançado rapidamente no sentido de aumentar a produtividade e a eficiência nas propriedades agrícolas. Alguns dos próximos passos destas tecnologias envolvem o tráfego controlado e o gerenciamento da frota de máquinas à distância.

O primeiro, o tráfego controlado, propõe uma solução simples, mas de extrema efetividade. Com o auxílio de um GPS de alta precisão, o sistema propõe a concentração da compactação na lavoura utilizando um mesmo rastro através da padronização de bitolas e também das larguras de trabalho de tratores, implementos, pulverizadores e colheitadeiras.  As medidas podem garantir um aumento médio de até 15% na quantidade de hectares trabalhados por hora pelas máquinas e a diminuição da área compactada.

Com a redução da área compactada nas lavouras de grãos, há ganhos diretos em produtividade e melhoria das condições físicas do solo, além de aumento da capacidade de infiltração e armazenamento de água no solo, reduzindo o escoamento superficial e a lixiviação de nutrientes, gerando um melhor desenvolvimento das plantas.

Outra novidade em tecnologias para a agricultura de precisão é a telemetria. Este conceito comum e presença constante no universo dos carros de corrida da Fórmula 1, agora já começa a se fazer presente em lavouras no território nacional. A diferença é que na propriedade rural, a tecnologia permite um monitoramento detalhado à distância, com posicionamento, desempenho e eficiência operacional de uma máquina em campo. Além de monitorar a máquina, o sistema pode gerar vários tipos de relatório que permitem identificar, quantificar e endereçar problemas de logística e operação.

Os dois novos conceitos trazem ganhos reais em eficiência operacional da frota de máquinas agrícolas e se juntam as outras técnicas e ferramentas de agricultura de precisão já difundidas no Brasil. Com mais estes recursos, o produtor rural brasileiro avança com boas perspectivas seguindo o exemplo de nações desenvolvidas que utilizam tecnologia em larga escala na agricultura. 

 

 Por: Fernando de Andrade – Engenheiro Agrônomo

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