safra_milhoNa noite desta segunda-feira, 08/08/16, na cidade de Itabaiana, a Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe – AEASE, representada pelo seu presidente, Engenheiro Agrônomo Fernando de Andrade, participou de uma reunião promovida pelos agricultores, plantadores de milho no Estado de Sergipe, com o intuito de discutir o momento atual vivenciado pelos produtores e toda a cadeia produtiva, decorrente das perdas provocadas pela estiagem, fato que vem comprometendo toda a safra dessa cultura no Estado. O evento contou com a participação expressiva de 200 agricultores, além de gestores estaduais, representantes das instituições vinculadas ao setor agrícola estadual, o secretário de Estado da Agricultura, Coordenador Estadual da Defesa Civil, representantes dos agentes de crédito oficiais, presidentes de entidades de classe, representantes de algumas Prefeituras Municipais envolvidas, além de representantes do poder legislativo municipal e estadual.      

A perda configurada da safra de milho foi determinada pela ocorrência do fenômeno climático El Niño, ocasionado pelo aquecimento anormal das águas do oceano pacífico equatorial, fato que condicionou a elevação das temperaturas no verão, associadas ao atraso das chuvas, má distribuição e redução na sua intensidade e significativa redução de sua duração. 

Este fenômeno em nosso Estado, e particularmente nos municípios produtores de milho vem determinando a ocorrência da chamada seca verde, caracterizado pela insuficiência das chuvas de inverno, fato que vem impondo particularmente ao cultivo do milho a impossibilidade de complemento do ciclo fisiológico da cultura, e em assim sendo, esse processo é interrompido, não permitindo a formação da espiga e consequente produção de grãos. Portanto, na prática é comum se verificar o estabelecimento de extensos campos verdes, que se não for conveniente aproveitado para fins de forragem, sob a forma de silagem, secam e apodrecem perdendo o seu valor nutricional.

Diante deste cenário, como produto final do evento os produtores aprovaram um documento reivindicatório, intitulado: Carta de Itabaiana, solicitando além da autorização para utilização em tempo, da palhada verde, para formação de silagem, a adoção das seguintes medidas: 1. Decretação do estado de emergência nos municípios atingidos; 2. Agilização do processo de deflagração de concessão do Proagro; 3. Concessão de recursos públicos aos pequenos e médios produtores para subsidiar a aquisição de silagem; 4. E por último, a gestão política junto aos órgãos competentes, no sentido da concessão pelo governo de rebate e alongamento de prazos de pagamento das dividas agrícolas.

Diante deste cenário, vislumbra-se um impacto de grande expressividade na economia dos municípios produtores, e por extensão no Estado de Sergipe, considerando o significativo valor econômico agregado pela cadeia produtiva do milho nos últimos anos, fruto dos investimentos realizados em tecnologia e no empreendedorismo dos agricultores. Destacando-se ainda que diante da especificidade inerente a cadeia do milho, muitos segmentos estão atrelados, não somente os agricultores, suas famílias, pecuaristas, granjeiros, confinadores, industriais, comerciantes, trabalhadores e por último o próprio Estado que decerto sofrerá em última analise perdas significativas na arrecadação de impostos.

Na oportunidade, o Engenheiro Agrônomo Fernando de Andrade fez uso da palavra, se solidarizando com os agricultores, destacando a importância da cadeia produtiva do milho para a economia agrícola estadual, ao tempo em que colocou a entidade a disposição para possível suporte técnico e apoio as ações que forem deflagradas, como também, a disponibilidade de sua sede, diante da necessidade de realização de algum evento consequente.

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