O novo Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe é o Engenheiro Agrônomo Arício  Resende Silva, eleito em 19 de Novembro de 2014, pelo voto direto e secreto dos profissionais registrados no Crea-SE.
Com o slogan “MELHOR PARA O CREA/SE”, foi eleito para comandar a Autarquia Federal durante o triênio 2015 – 2017, sucedendo o atual presidente, o Eng. Civil Jorge Silveira, que encerra o seu mandato em 31 de dezembro deste ano. Aricio Resende obteve 588 votos validos contra 288 votos do segundo colocado o Engenheiro Magal e 270 votos para o terceiro colocado o Engenheiro Rosivaldo Ribeiro, uma votação que dispensa qualquer comentário, com 51,4% dos votos válidos.
 
Essa é a segunda vez em 38 anos de existência do CREA/SE que um Engenheiro Agrônomo é escolhido para dirigir os destinos da Engenharia e Agronomia no Estado de Sergipe, sendo o Engenheiro Agrônomo Raimundo Ávila o primeiro a dirigir a Autarquia Federal no período de 1979 / 1981.
Com uma forte formação acadêmica e ligações políticas profissional com entidades de classe vinculadas à engenharia e agronomia, Aricio Resende quer resgatar uma das principais funções do CREA-SE, que é normatizar, orientar e fiscalizar o exercício e atividades profissionais em defesa da sociedade e valorização profissional.
 
O Jornal da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe – AEASE/SE, entrevistou com exclusividade o novo Presidente do CREA/SE, Arício Resende para informar o nosso leitor quais são as principais pretensões do novo presidente frente à Autarquia, a seguir:
 
 1- Jornal da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe – AEASE/SE
 Quando o senhor tomará posse na presidência do CREA-SE e qual a duração do mandato?
 – Aricio Resende: Dia 19 de dezembro de 2014 tomei posse administrativa por ocasião da última Plenária do Crea-Se em 2014 para a gestão do mandato que inicia-se em 1 de janeiro de 2015 e com término em 31 de dezembro de 2017. Quanto a posse solene está prevista para 06 de março de 2015, tendo em vista o inicio de gestão em janeiro onde se faz necessário uma reestruturação administrativa e operacional do Crea-se, como também as diversas posses dos Creas regionais em que o Presidente do Conselho Federal deverá comparecer a todas, portanto levamos em consideração e obedecemos um calendário e roteiro nacional.
 
 2- Jornal da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe – AEASE/SE
 Quais são seus principais planos e desafios à frente do Conselho?
 – Aricio Resende: Primeiro, a reestruturação administrativa e operacional do Conselho, a exemplo da interiorização e descentralização dos serviços oferecidos aos profissionais e a sociedade tendo em vista o crescimento do número de profissionais registrados e suas atividades bastante concentrada em cidades como Itabaiana, Lagarto, Estância e outras em pleno desenvolvimento e que concentra um volume significativo de obras e serviços de engenharia e agronomia.
Segundo, a questão da Engenharia e Agronomia Pública sendo obrigação constitucional do Governo Estadual e Municipal oferecer esses serviços  a sociedade, para tanto a necessidade de um melhor aparelhamento físico e de pessoas por parte do Governo, através de ofertas de serviços e mão de obra especializada, realização de concursos públicos objetivando a entrada dos jovens engenheiros no mercado de trabalho, não podemos concordar com a Reforma Administrativa do Governo do Estado em que extingue empresas como a COHIDRO com grande conhecimento em irrigação pública agrícola e com um potencial tecnológico voltado para a produção de alimentos, a CEHOP empresa histórica e com uma vasta folha de serviços prestados a sociedade através do seu competente quadro técnico e vemos toda a memória da engenharia de Sergipe desaparecer. Um Governo que demite e corta salário e direito do trabalhador, instalando um verdadeiro terrorismo entre os servidores e seus familiares, nos parece não ser esse o caminho e nosso posicionamento é contrario a Reforma Administrativa que destrói e não inova, e atinge frontalmente a Engenharia e a Agronomia Pública.
Terceiro, a questão do Plano Diretor da cidade em que o Crea-Se apresentou um trabalho pronto e acabado quando do movimento PARTICIPE AJU não sendo aprovado pelo município, o que gerou a elaboração de outro Plano Diretor aprovado pela Câmara de Vereadores, causando insatisfação entre as entidades representativas da sociedade civil que recorrendo a Justiça, então suspendeu o Plano Diretor aprovado e até o momento o município não tem um planejamento e ordenamento do crescimento e desenvolvimento da cidade, o que torna impossível continuarmos nessa situação de desordenamento urbano, o que reflete na qualidade de vida da população.
 
 3- Jornal da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe – AEASE/SE
O senhor é também Diretor Administrativo e Financeiro da Aease e da Confaeab, como pretende conciliar essas atividades? O senhor concorda que essa experiência como dirigente de classe ajudou para assumir o CRE/SE?
 – Aricio Resende: Meu trabalho e dedicação pela causa pública e especialmente na participação da política profissional, está enraizada em minha vida desde quando minha família sempre participou da vida política partidária do município de Gararu e quando estudante no Atheneu Sergipense e na Escola de Agronomia da Universidade Federal da Bahia, participando dos movimentos estudantis e de agrupamentos diretivos e colegiados, não sendo diferente na vida profissional, que logo em seguida a formação como Engenheiro Agrônomo comecei a participar e acompanhar todos os passos e movimentos classistas, atuando principalmente na Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe e recentemente na Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil, além de fundador do Sindicato dos Engenheiros de Sergipe, o que mim credencia a desenvolver um bom trabalho na Presidência do Crea-Se. Quanto aos cargos de direção ocupados nas referidas entidades de classe, vamos continuar participando e conciliar da melhor forma possível, mesmo porque como Diretor Administrativo e Financeiro, sempre procurou atualizar e modernizar os trabalhos da Diretoria e hoje está totalmente informatizado, através de parcerias com os respectivos Agentes Financeiros e o gerenciamento e acompanhamento financeiro dessas entidades é de forma digital e internalizados pela internet.
 
 4- Jornal da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe – AEASE/SE
O programa de trabalho estabelecido pelo Senhor foi pautado na atuação e operacionalização do Sistema voltado para a Sociedade e as Entidades de Classe. O senhor já formou sua nova equipe que irá lhe auxiliar? Será formada por profissionais de todas as classes vinculadas a Autarquia? Como irá desenvolver esse programa?
 – Aricio Resende: Queremos um Crea-Se proativo e empreendedor, pra isso necessitamos de uma reestruturação administrativa e operacional para atendimento dos serviços relacionadas as Pessoas Física e Jurídica e suas atividades, passando pela qualificação do servidor, atendimento ao público e ampliação da fiscalização para execução dos serviços no tocante as obras e serviços da engenharia e agronomia. A equipe de trabalho está sendo formatada da melhor maneira possível, atendendo as reais necessidades executiva e operacional para o desenvolvimento das atividades, de conformidade com a legislação vigente e preconizada na Lei Federal n. 5.194/66 do Sistema Confea/Crea/Mutua e não será diferente, a equipe será formada com profissionais da engenharia e agronomia visualizando o trabalho, com competência e dedicação e acima de tudo a confiabilidade para a governabilidade da gestão.
 
 5- Jornal da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe – AEASE/SE
Em cima do programa apresentado pelo Senhor, quais são as áreas que pretende priorizar nesse primeiro momento?
 – Aricio Resende: Como falei anteriormente, inicialmente a reestruturação do Crea-Se, valorização do servidor através da qualificação e relacionamento pessoal, melhorar e adequar a prestação de serviços ao profissional e a sociedade, valorização do profissional da engenharia e agronomia e fortalecimento das entidades de classe e interagir com as instituições de ensino superior e médio, além da valorização e discussão da engenharia e agronomia pública a exemplo do aparelhamento das instituições e concursos públicos e a revisão do Plano Diretor.
 
 
 6- Jornal da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe – AEASE/SE
Além dos engenheiros agrônomos, a campanha do Senhor teve o apoio das das engenharias civil, mecânica, florestal, pesca, ambiental, entre outras, além dos votos dos servidores da Autarquia para seu pleito na presidência do CREA. Com sua experiência e vivencia, como pretende aproximar o CREA/SE ainda mais dos profissionais e das universidades?
 – Aricio Resende: Inicialmente qualquer campanha eleitoral todos os candidatos procuram fazer suas articulações e seus agrupamentos para ganhar a eleição e naturalmente de forma espontânea alguns segmentos se propôs a apoiar nossa candidatura sem exigência e compromissos que viessem a comprometer nossa administração, quanto aos servidores do Crea-Se todos mim conhecem pois convivo como conselheiro regional há 30 anos e sempre mantive um relacionamento de respeito e trabalho e por isso tive o apoio da maioria, portanto vou procurar trabalhar com minha base de sustentação política profissional e dos servidores espero dedicação e trabalho, competência para a solução dos problemas, no mais vamos buscar um melhor relacionamento com os profissionais do sistema e interagir cada vez mais com as universidades, o importante é que depois das eleições independente do candidato eleito, vamos descer do palanque e trabalhar em prol de uma engenharia e agronomia mais forte, segura e viável do ponto de vista do profissional e do mercado de trabalho.
 
 7- Jornal da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe – AEASE/SE.
 O mercado da construção civil vive um momento de aquecimento desde 2008 no país, a expectativa é que esse crescimento se mantenha e como se encontra o Estado de Sergipe em relação a construção civil? Qual será o posicionamento do CREA/SE, referente a ação civil publica ajuizada através da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe OAB/SE, e acatada pela Justiça Federal que declarou inconstitucionais as Leis que autorizam construções de prédios com mais de 12 andares em Aracaju, inclusive exigindo a anulação de todas as licenças de instalação e obras concedidas pela Prefeitura de Aracaju e a paralisação das obras já iniciadas de edifícios com mais de 12 andares, com a condenação pelo dano moral coletivo causado à sociedade aracajuana em face das obras já iniciadas e dos prejuízos ambientais e urbanísticos irreversíveis já causados?
 – Aricio Resende: O mercado imobiliário está aquecido e com perspectiva de continuar crescendo tendo em vista a disponibilidade dos financiamentos imobiliários aliados a necessidade de moradias de pequenos, médios e grandes porte e o Estado de Sergipe acompanha essa necessidade e não é diferente de outras regiões, as perspectivas são boas. Quanto ao posicionamento do Crea-Se em relação a questão das edificações, iremos discutir junto ao Conselho e especialistas no assunto e opinar com sugestão, sabemos que todo o problema é causado pela falta de um Plano Diretor consistente e que reflita o desejo da sociedade organizada e aí quando não há esse entendimento a Justiça comum interfere e o resultado é drástico e forçosamente prejudica a todos. Particularmente, pra mim não importa a altura da edificação, se o edifício tenha 4,12, 16 andares, não é a altura do mesmo que vai definir a qualidade de vida de seus moradores e da população, o importante é que na ocupação do espaço e do uso do solo o projeto contemple e ofereça condições de moradia, como mobilidade e acessibilidade, recuo da edificação, calçada com espaço desejado, paisagismo, garagem, saneamento e esgoto, instalações hidráulicas e elétricas dentro dos padrões da engenharia, entre outros fatores necessários e que realmente ofereçam aos moradores e a população, qualidade de vida.
 
 
 Entrevistado
 Engenheiro Agrônomo Aricio Resende Silva, Presidente eleito do
 CREA/SE, gestão 2015 ? 2017.

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