Um estudo conduzido pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra sugere que pré-tratamentos utilizando fungos lenhinolíticos podem melhorar a produção de pasta para papel sem comprometer sua qualidade. Ricardo da Costa, pesquisador do Departamento de Química, e Maria da Graça Carvalho, professora do Departamento de Engenharia Química, são os autores principais do artigo intitulado “Reduced Recalcitrance and Improved Pulp Properties in Eucalypt Woods Pretreated with White-Rot Fungi and Mild Alkali”, publicado na revista Industrial & Engineering Chemistry Research da American Chemical Society.

 

“Certos pré-tratamentos da madeira mediados por fungos lenhinolíticos (White-Rot Fungi) têm o potencial de permitir a redução de energia e/ou da quantidade de reagentes químicos utilizados durante a produção de pasta para papel. No entanto, estas são metodologias que ainda não foram suficientemente exploradas, particularmente no contexto português”, revela Ricardo da Costa.

Maria da Graça Carvalho liderou um estudo na Universidade de Coimbra para desenvolver metodologias biotecnológicas visando melhorar a produção de pasta para papel. Utilizando pré-tratamentos com fungos lenhinolíticos como Ceriporiopsis subvermispora, Ganoderma lucidum, Phanerochaete chrysosporium, Pleurotus ostreatus e Trametes versicolor, conseguiram reduzir a resistência da madeira ao cozimento e melhorar as propriedades da pasta resultante. 

 

Isso resultou em uma diminuição no teor residual de lenhina e no consumo de reagentes de branqueamento. A pesquisa, realizada em colaboração com os departamentos de Química, Engenharia Química e Ciências da Vida da FCTUC, sob o projeto “Inpactus”, tem potencial para melhorar a eficiência industrial na produção de pasta para papel. Colaborações internacionais, incluindo universidades do Reino Unido, contribuíram para o estudo.

 

Fonte: Agrolink

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