Conforme apresentado no boletim de monitoramento de safra da Conab, a safra de feijão 2023/2024 avança no Brasil, mas com perdas de produtividade em algumas regiões. No Paraná, o clima seco favoreceu o avanço da colheita, que chegou a ¼ da área total. No entanto, observam-se perdas do potencial produtivo. Com algumas localidades onde as chuvas foram irregulares, mas permitiram o avanço na semeadura e no desenvolvimento inicial das lavouras. Já no centro-norte do país, o plantio e o desenvolvimento das lavouras seguem atrasados em relação à safra passada, devido às altas temperaturas e à menor disponibilidade hídrica.

 

No estado do Paraná, o clima seco recente tem sido um fator duplo: por um lado, facilitou o avanço da colheita, que atingiu cerca de 25% da área total plantada; por outro, resultou em perdas de produtividade. 

Na Bahia, as chuvas irregulares nas regiões Centro-Norte e Centro-Sul, contrastando com precipitações mais intensas na região Oeste, têm moldado o desenvolvimento do cultivo de feijão no estado. Apesar da escassez hídrica em algumas áreas centrais, o progresso na semeadura e no desenvolvimento inicial das lavouras é notável, embora ainda haja preocupações sobre a suficiência de água para os estágios posteriores do cultivo.

Em Minas Gerais, um dos principais estados produtores de feijão do Brasil, a situação é um pouco mais complexa. Comparando com a safra anterior, o plantio e o desenvolvimento das lavouras estão atrasados. As altas temperaturas e a menor disponibilidade hídrica são fatores críticos, levando ao abortamento de flores e, consequentemente, a uma redução no potencial produtivo. Entretanto, as chuvas recentes e a perspectiva de mais ao decorrer da semana, traz alívio para os produtores Mineiro.

No estado de Goiás, a colheita nas áreas irrigadas está apenas começando, enquanto as lavouras de sequeiro foram beneficiadas pelas recentes chuvas, indicando um cenário mais promissor para a produção nesta região. Em Santa Catarina, a colheita continua avançando com a conclusão iminente do plantio nas áreas tardias. O clima mais seco tem sido favorável às operações de campo, mas a persistência de dias nublados tem resultado em uma produção de grãos menores, ainda que de boa qualidade.

Existe uma grande variação nos estádios fenológicos das lavouras em todo o país, com plantações desde a emergência até a colheita, sendo que a safra de feijão no estado de São Paulo já foi finalizada e a colheita avança nas lavouras do Sul, representando 15.5% da área colhida.  Em relação ao plantio, considerando os 8 estados indicam um aumento de 5.1% em relação à semana anterior, passando de 56.8% para 61.9% de progresso, mas ainda reflete um atraso geral na safra em comparação com o ciclo anterior. 

Em Piauí, a situação permanece estável, sem progresso na semana monitorada, mantendo-se em 0.0%, o que sugere um atraso considerável quando comparado ao mesmo período da safra anterior que registrou 13.0%. Na Bahia, observa-se um incremento significativo de 16.0% em relação à semana anterior, passando de 33.0% para 49.0%, indicando uma recuperação, mas ainda reflete um atraso se comparado à safra passada que estava completa neste mesmo período.

Santa Catarina mostra uma melhoria modesta, com um avanço de 3.0% na última semana, atingindo 96.0% do progresso, o que sugere um estado “Normal”, mas ligeiramente adiantado em comparação com a semana anterior.

O Rio Grande do Sul apresentou uma recuperação de 15.0% na última semana, chegando a 85.0% de progresso, indicando um atraso em comparação com a safra passada que estava em 88.0%, mas mostrando uma tendência de melhora.

 

Fonte: Agrolink

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