A semeadura de culturas no Rio Grande do Sul ganhou maior impulso devido à melhoria das condições ambientais, conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (21/12). Na Região Sul do Estado, a semeadura foi concluída, aproximando-se do fim na Região Oeste, enquanto na região Central registram-se atrasos um pouco mais expressivos.

 

Durante a semana, as atividades de manutenção da drenagem foram intensificadas em áreas no estágio inicial de desenvolvimento vegetativo. Houve relatos de danos em taipas devido à intensidade das chuvas em algumas localidades. Aplicações de herbicidas e fertilizantes nitrogenados estão em andamento, assim como o estabelecimento de sistemas de irrigação, especialmente em lavouras mais adiantadas. As primeiras áreas implantadas em outubro estão atingindo a fase de diferenciação das panículas, e há grande expectativa por dias ideais de disponibilidade de radiação solar para atender às necessidades atuais da cultura.

Na região de Bagé, tanto na Campanha quanto na Fronteira Oeste, a implantação das lavouras foi praticamente concluída. O maior atraso é observado em São Borja, onde as áreas foram severamente afetadas pelas cheias do Rio Uruguai em outubro e novembro. No entanto, precipitações menores, abaixo de 20 mm durante a semana, possibilitaram aos produtores deste município alcançar um rendimento satisfatório no plantio das lavouras, atingindo 90% do previsto, e a conclusão é esperada antes de 25/12.

 

Na região de Pelotas, a semeadura foi concluída em toda a região, e o desenvolvimento das lavouras é considerado normal para esta época. Os dias ensolarados e temperaturas em elevação beneficiaram significativamente o crescimento das plantas.

Em Santa Maria, a semeadura avançou de 85% para 90%. Apesar do progresso, o plantio está atrasado em comparação aos anos anteriores. Na última safra, o plantio foi concluído na primeira quinzena de dezembro.

Já em Soledade, as condições ambientais permitiram avanços na semeadura de novas áreas e no replantio, com a normalização dos níveis dos rios Jacuí e Pardo. No entanto, devido ao alagamento das áreas, há incidência observada de doenças e pragas, como caramujos e minhocas vermelhas (gênero Chironomus). Previu-se uma redução na área total prevista, pois algumas cultivares de sementes disponíveis não são mais recomendadas pelo ZARC. Em alguns casos, áreas isoladas estão sendo substituídas pelo plantio de soja. Também há registros de áreas sendo semeadas fora do zoneamento, o que pode resultar em perdas futuras de produção.

 

 

Fonte: Agrolink

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