Nesta quarta, dia 17, o Giro do Boi recebeu em estúdio o médico veterinário Roulber Silva, gerente técnico da categoria grandes animais Boehringer Saúde Animal, empresa membro da Aliança da Produtividade. O profissional destacou os cuidados que o pecuarista deve ter na hora do nascimento da bezerrada, mas não somente com os recém-nascidos, como também com a matriz.

Um dos principais problemas no momento da parição é a nutrição, advertiu o veterinário. De acordo com o especialista, nesta hora a matriz está em recuperação e deve reaver seu escore não apenas para manter suas condições corporais mas para estar devidamente mineralizada para estar apta a produzir leite e também emprenhar na próxima estação.

Outro ponto de atenção, de acordo com o gerente, é a saúde das vacas, algo que está relacionado à nutrição, mas também ao protocolo sanitário feito antes do nascimento da bezerrada. “A fêmea geralmente sofre um pouco. Ela é negligenciada nesse momento, mas ela é um dos pilares das fazendas de cria para o pecuarista ter a sua bezerrada. E um dos principais cuidados que a gente tem que ter com ela é a questão de sanidade”, destacou.

O veterinário listou entre as prevenções necessárias as vacinas contra clostridioses, especialmente botulismo, vermifugação, prevenção à BVD (diarreia viral bovina), que suprime o sistema imunológico e pode causar perda do desempenho na estação de monta, deficiência respiratória e até má formação do bezerro.

Roulber esclareceu que não existe restrição de vacina para as vacas depois do nascimento, mas a importância é a vacinação prévia. “Por exemplo, no caso de clostridiose, carbúnculo, botulismo, o que você deve garantir ao bezerro? O anticorpo da mãe através do leite, do colostro. E se você fizer um protocolo correto de vacinação dessa fêmea, ela vai ter maior possibilidade de passar os anticorpos para aquela doença para o bezerro dela”, explicou. Entre as poucas restrições está a vacina para a brucelose, acrescentou Roulber, que não deve ser aplicada.

O veterinário afirmou ainda que algumas regiões apresentam desafios peculiares para as suas vacas paridas. No caso do Rio Grande do Sul, a fasciolose pode prejudicar o desempenho do animal afetando o funcionamento do fígado e tipos específicos de clostridioses podem acometer as matrizes. “Mas basicamente o conceito dos cuidados é o mesmo, com vacinação adequada, vermifugação adequada e nutrição bem balanceada para essa fêmea ter condições de emprenhar tranquilamente”, finalizou.

Veja a entrevista completa no vídeo abaixo:

Fonte: http://www.girodoboi.com.br

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