Young pretty woman agronomist in white coat squatting in green wheat field and checking crop quality

O setor agropecuário possui um papel estratégico para o Brasil: o país tem a terceira maior produção agrícola do mundo — fica atrás apenas da China e dos Estados Unidos — e é capaz de abastecer o consumo interno e ainda garantir ao Brasil o título de maior exportador do mundo.

Entre os principais responsáveis pela balança comercial favorável ao agronegócio brasileiro estão a soja, o leite, a carne bovina, a de porco, o frango e as frutas, como a laranja. Essas e outras commodities são capazes de aumentar a receita comercial brasileira e colocar o país entre os principais players do mercado internacional.

Mas, para que isso aconteça, existe um profissional que é fundamental no sucesso da agricultura: o engenheiro agrônomo. É ele quem cuida do manejo de diferentes culturas e consegue planejar o cultivo de forma a garantir uma produção otimizada, indicando tecnologias e conhecimentos cientificamente embasados para a eficiência da atividade agrícola.

A agricultura é uma prática que conta com cerca de 10 mil anos, mas seu desenvolvimento como um campo de conhecimento disciplinar (com métodos científicos) é recente. A primeira escola de agronomia foi criada em 1802, na Alemanha, por Albrecht Daniel Thaer. Outro marco importante foi a criação, em 1848, do Instituto Nacional Agronômico de Versailles, na França.

A disciplina, cujo nome quer dizer “manejo do campo”, chegou no Brasil no fim do século 19. Aqui, a primeira escola de agronomia foi fundada em 1875 em São Bento das Lajes, na Bahia, e tinha por objetivo a formação de mão de obra especializada para o cultivo da lavoura no país, que começava a receber os primeiros imigrantes europeus para trabalhar no campo.

Pelotas foi a segunda cidade do país a contar com uma escola agronômica, que hoje é ligada à Universidade Federal de Pelotas. Em 1933, foi o gaúcho Getúlio Vargas quem formalizou a ocupação no Brasil, ele previu a criação de conselhos que normatizaram e fomentaram a execução da profissão. Isso foi fundamental para o Brasil ser hoje o maior exportador de alimentos, mesmo diante do êxodo rural que o nosso país viveu a partir da década de 1970.

Em 1966, sob o governo Costa e Silva, a profissão passou a ser normatizada também pela Lei Federal 5.194/66. Ela prevê, por exemplo, que o termo correto para designar a ocupação não é “agrônomo”, mas sim “engenheiro agrônomo”. Porém, como ela foi publicada em 24 de dezembro, comemora-se o Dia do Engenheiro Agrônomo em 12 de outubro, data em que Vargas criou os conselhos em 1933.

Diante da competitividade do agronegócio internacional, o engenheiro agrônomo se tornou fundamental. Além de cuidar do manejo das culturas de uma propriedade, desde o planejamento até a finalização da venda da produção, ele é capaz de agregar valor à prática agrícola ao considerar o desenvolvimento sustentável com ciência e tecnologias específicas.

Isso é especialmente relevante no caso do Brasil, que possui extensão continental e combina clima tropical com outros mais temperados. Ambos os ambientes colocam desafios específicos à produção: se as plantações do Sul sofrem com geadas, as lavouras do Centro-Oeste poderão estar mais suscetíveis à seca e a insetos, por exemplo.

Foi graças ao desenvolvimento e ao manejo correto de uma série de técnicas agrícolas, que chegaram aos produtores a partir de uma política consistente de extensão rural, que o Brasil foi capaz de passar de uma agricultura de subsistência para uma empresarial, caracterizada pelo emprego de alta tecnologia, uso eficiente de insumos (irrigação, adubos, defensivos etc.) e alta produtividade.

Essa é uma mudança de estratégia importante que mostra a relação direta entre o engenheiro agrônomo e o desenvolvimento socioeconômico do país, seja quanto à soberania alimentar brasileira ou à possibilidade da melhoria da balança comercial do país.

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Fonte: https://summitagro.estadao.com.br/

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